A Tariqa Naqshabandi
Introdução
O Tasawwuf, ou Sufismo, é o aspecto do Islã que se concentra no coração, em sua essência e espiritualidade. É um caminho de purificação espiritual e perfeição que tenta integrar os ensinamentos do Alcorão e da sunnah do profeta Muhammad (saws) em todos os aspectos da vida. É o aspecto espiritual e sincero de todas as religiões que Allah enviou. Começou com o profeta Adão (a.s) e chegou ao auge com o último dos profetas, o profeta Muhammad (saws).
O aparecimento do Tasawwuf como um sistema organizado, ciência sistemática e um caminho a ser percorrido corresponde aos eventos do segundo ano após a migração. Na época do profeta Muhammad (saws) as escolas de teologia, credo ou lei ainda não tinham sido estabelecidas e não estavam organizadas, mas havia várias decisões sobre crenças e leis existentes que estavam sendo aplicadas e ensinadas pelo profeta (saws) e, posteriormente, pelos Companheiros do profeta (r.a).
Mais tarde, as "regras" (ijtihad) dos grandes estudiosos, que foram considerados autoridades na ciência do Fiqh (Jurisprudência Islâmica), foram adotadas por seus alunos e sistematizadas, dando origem a vários métodos diferentes que foram posteriormente chamados de "madhhabs", ou escolas de jurisprudência islâmica, que receberam os nomes desses grandes estudiosos.
Tal como acontece com as outras ciências islâmicas, "zuhd" (abstenção) e “taqwa” (consciência de Deus), inspiradas pela natureza profunda do Tasawwuf, eram praticadas a fim de permitir que as pessoas alcançassem um estágio de "ihsan" (excelência na fé) e um relacionamento com Allah. Todos os princípios que formam a base de uma compreensão sólida de Tasawwuf estão presentes no Alcorão e estavam em prática durante a vida do profeta (saws) e de seus companheiros (r.a). O tempo passou, estudiosos piedosos e gnósticos seguiram o exemplo deles e começaram a aconselhar as pessoas, para evitar que cedessem à vida deste mundo e se afundassem na negligência.
Aqueles que se beneficiaram de suas palavras e de seus conselhos os aceitaram como guias espirituais e professores, e adotaram seus métodos de treinamento e purificação que permitiram o alcance de um estado de maturidade espiritual e a sistematização de uma disciplina espiritual. Como resultado, certas "tariqas" apareceram e receberam o nome desses professores. Exemplos são Naqshibandi, Qadiri, Mawlawi e assim por diante.
O nome "tariqa" é dado ao método e prática seguidos por todos os ramos de Tasawwuf que levam uma pessoa a Allah (swt). Com o tempo, várias tariqas se seguiram e vários métodos apareceram. Desta forma, todo crente tem a oportunidade de encontrar uma tariqa adequada ao seu próprio caráter e natureza, a fim de ser purificado espiritualmente e atingir um estágio de maturidade espiritual.
A transmissão de conhecimento e os Guias Perfeitos
Os estudiosos do Islã que narraram os hadiths e as opiniões sobre os comentários dos Companheiros, dos Tabi'een (geração seguinte a dos Companheiros) e outros estudiosos, procuravam por uma cadeia de transmissão que viesse do tempo do profeta (saws) até aquele momento.
Na verdade, depois que esse conhecimento começou a ser registrado em livros e até hoje, a cadeia de professores que ensinavam esses livros foi registrada e vista como necessária para que o conhecimento recebesse consideração. Até hoje existem muitos estudiosos que respeitam essa cadeia e recebem e distribuem ijaza (licença para ensinar).
O tasawwuf rijali (estudo dos narradores) registrou de qual professor os mestres do Tasawwuf receberam treinamento e educação espirituais, transmitindo esses nomes aos alunos. Este sistema da cadeia de transmissão (silsila) e de licença para ensinar (ijaza) foi considerado absolutamente necessário para preservar as ciências, tanto externas quanto espirituais, para evitar a introdução de erros e inovações, preservando sua pureza e mantendo-a intacta. Os mestres da cadeia do Tasawwuf são indivíduos que concluíram seu treinamento espiritual e alcançaram um nível de competência para orientar as demais pessoas.
A continuação da cadeia de orientação espiritual ocorre através da nomeação de outro guia para ser o herdeiro espiritual do guia anterior, que não tem poder nessa nomeação. Ela só pode ser feita no âmbito espiritual, através da indicação e permissão dada por Allah e Seu Mensageiro (saws). Isto é, não é suficiente ser competente no dever de orientação espiritual, mas também precisa de uma nomeação espiritual.
A cadeia de transmissão espiritual não está ligada a um país, família ou nomeação política. É uma transmissão direta de coração para coração, no momento ou após a morte ou funeral. Todos são unidos por sua lealdade espiritual comum ao mestre das linhagens espirituais, o profeta Muhammad (saws).
Neste processo de transmissão de conhecimento, o amor é essencial se alguém deseja avançar espiritualmente. Para imitar o comportamento do murshid (guia espiritual) e ser capaz de refletir seu estado espiritual, o murid (discípulo) deve estar ligado ao seu murshid. Isso ocorre através do amor, porque uma pessoa só imitará e desejará se parecer com o que ela ama. Este vínculo e apego espiritual do discípulo ao seu mestre se chama rabita. Através desta rabita ocorre a transferência do estado espiritual entre o murshid e o murid, indicando um desenvolvimento na direção do murid em se tornar um com seu murshid. É dito em um hadith: "Uma pessoa estará com quem ela ama..." (Bukhari, Adab, 96)
Esse sentimento de unidade é mais um vínculo de estado, comportamento, sentimentos e pensamentos, de atitude e de direção, do que uma união física. Através desta rabita, o murid é capaz de prosperar a partir da espiritualidade de seu murshid e preservar seu estado de paz, purificando seu coração de pensamentos mundanos.
Ao longo da história, muitas tariqas não tiveram continuidade porque um guia espiritual não foi confirmado por meio de nomeação espiritual. Em algumas tariqas, com base na mesma sabedoria, mais de um guia digno recebeu permissão. Esta é a razão para os diferentes ramos da cadeia de tariqas.
As origens da tariqa Naqshabandi
A Naqshbandiyya traça suas origens aos Khwajagan, os mestres espirituais da Ásia Central. O fundador desta tradição do século XIII foi Abdulkhaliq Ghijduwan, de Bukhara. A ele foi atribuída a introdução de uma forma silenciosa de zikr e a formulação de oito princípios (kalimat-i qudsiyya).
Os Khwajagan adotavam o credo do Ahl al-Sunna ou Ahlus-Sunnah wa’l-Jama’ah (Islã sunita) e uma devoção firme ao Alcorão e à Sunnah. Ao aconselhar um de seus alunos, Abdulkhaliq Ghijduwan disse: “Aprenda as ciências de fiqh e hadith e fique longe dos ignorantes entre os Sufis”. A vestimenta daqueles que entravam no caminho Khwajagan não devia ser diferente da dos outros muçulmanos. Não havia turbantes ou coroas ou roupas de distinção, preferindo viver uma vida de modéstia. Todo discípulo usava o que era exigido de sua profissão, em nada diferente do adotado pelos seus pares, porque ser um dervixe não se dá através da forma, mas através do coração. Como uma irmandade ortodoxa, a Naqshbandiyya enfatiza que o seguidor do caminho deve sempre aderir às injunções da Lei Islâmica e denuncia os sufis que afirmam não estar mais vinculados a elas ao atingirem o seu objetivo.
A Naqshbandiyya é uma ordem sóbria, evitando a performance artística - principalmente música e Sama, uma dança ritual sufi. O centro da educação Naqshbandi é o zikr silencioso, em oposição ao zikr em voz alta, com acompanhamento musical, que atraiu as massas para as outras ordens. A segunda característica digna de nota é suhbat, a conversa íntima entre mestre e discípulo conduzida em um nível espiritual muito elevado. A estreita relação entre mestre e discípulo revela-se em tawajjuh, a concentração dos dois parceiros que resulta em experiências de unidade espiritual, cura pela fé e muitos outros fenômenos. Não são os longos períodos de mortificação, mas sim a purificação espiritual, a educação do coração, em vez do treinamento da alma inferior, que são características do método da Naqshbandiyya.
A Naqshbandiyya deriva seu nome de Baha'uddin Naqshband, o epíteto do mestre espiritual do século XIV, Muhammad al-Uwaysi, de Bukhara, que deu prosseguimento e sistematizou o método dos Khwajagan. Seu epíteto é uma combinação das palavras persa naqsh e band, significando imprimir o nome divino de Allah e fixá-lo ao coração. Bahaududdin acrescentou três princípios aos oito do grande mestre Abdulkhaliq Ghijduwan, todos relacionados ao zikr (recordação de Deus).
De grande importância para a difusão da ordem Naqshbandi foi o sheikh Ahmad Sirhindi da Índia, que, na virada do primeiro milênio (Hégira) se tornou um de seus grandes renovadores, daí ganhando o epíteto mujaddid (renovador) e iniciando um novo sub-ramo da ordem, o Mujadidiyya. Ele é, como tantas outras figuras importantes da Naqshbandi, bem conhecido tanto por sua grande sabedoria quanto por seu poderoso envolvimento em assuntos sociais e políticos.
Outro sheikh proeminente e renovador Naqshbandi foi Mawlana Khalid (falecido em 1827), que pertencia a uma tribo curda no que hoje é o norte do Iraque. Como passou seus anos mais influentes em Bagdá, recebeu o epíteto "Baghdadi". Como Ahmad Sirhindi, ele foi influente o suficiente para iniciar um novo sub-ramo Naqshbandi, o Khalidiyya. Foi em grande parte sob a influência do ramo Khalidi que a ordem Naqshbandi aumentou significativamente sua influência sobre a sociedade otomana do século XIX. Seu legado ainda é forte na atual Turquia e na Síria.
A tariqa Naqshabandi na Síria – a Kuftariyya
A Kuftariyya foi estabelecida na Síria pelo sheikh Amin Kuftaro, curdo que se refugiou em Damasco, na Síria. Com ele vieram outros refugiados curdos, que se tornaram seus primeiros seguidores. Em 1938, após sua morte, o sheikh Ahmed Kuftaro, seu filho, assumiu o papel de liderança e cuidou da expansão da ordem.
O sheikh Ahmed Kuftaro logo passou a desempenhar um papel ativo no campo religioso sírio. Em 1958 foi nomeado Mufti da escola Shafi de Damasco e, entre os anos de 1959 a 1964, teve seu próprio programa de rádio em que ele explicava tópicos sobre Islã para o público em geral, tornando-se nacionalmente popular. Foi um dos primeiros líderes religiosos a usar mídia na Síria para divulgar suas ideias.
Sheikh Ahmed Kuftaro se destacou no diálogo inter-religioso e ecumênico, enfatizando incansavelmente a semelhança entre as principais religiões monoteístas do mundo, a fim de promover um diálogo construtivo, tendo sido convidado para muitos países ao redor do mundo como um embaixador não oficial do Islã. Estas visitas culminaram em 1985 com uma visita ao Papa João Paulo II, em Roma, e foi ele quem recebeu o Papa João II na mesquita dos Omíadas em Damasco, no ano de 2001. O Papa e o Sheikh se tornaram amigos e mantinham contato por telefone com alguma frequência.
Durante a maior parte de sua vida deu palestras semanais antes da oração todas as sextas-feiras. Líderes de instituições religiosas e islâmicas eram muitas vezes convidados a falar ao lado do sheikh nesses encontros semanais, assim como líderes espirituais bem conhecidos de outras religiões. Essas reuniões eram apresentadas a uma mesquita lotada e ofereciam traduções simultâneas em inglês, russo e francês, transmitidas na televisão local. O núcleo dessas palestras era o comentário contínuo do sheikh sobre o Alcorão, que ele conseguiu completar mais de quatro vezes durante uma vida longa e produtiva.
Cerca de 10 mil pessoas, homens e mulheres, se acomodavam por todos os andares da mesquita e da instituição para ouvi-lo. Os homens ficavam no salão da mesquita e, embora seus discípulos mais próximos também fossem sheikhs com seus próprios discípulos, eles ainda frequentavam as aulas públicas de sheikh Ahmed Kuftaro, reconhecendo seu poder e liderança espirituais. Já as discípulas mulheres de sheikh Ahmed Kuftaro sentavam-se no quinto andar da mesquita, que era destinado às mulheres. Suas viagens o levaram para a Europa, Estados Unidos e Japão, entre outros lugares. Em 1990, ele foi convidado a dirigir-se à Assembleia das Religiões Mundiais, patrocinada pelas Nações Unidas, em São Francisco, Estados Unidos.
A participação das mulheres na Kuftariyya
A Kuftariyya promovia a ideia de que só através da educação islâmica é que se pode realizar uma mudança na sociedade. Dentro desse contexto, a educação religiosa, formal ou informal, de mulheres muçulmanas passou a ser uma das prioridades nas ações de Sheikh Ahmed Kuftaro e da Kuftariyya.
A Fundação Sheikh Ahmed Kuftaro foi uma das primeiras instituições religiosas na Síria a promover cursos de formação religiosa direcionados ao público feminino. A mesquita Abu al-Nur, administrada pela Kuftariyya, serviu de base para o trabalho de divulgação do Islã realizado pelo ramo feminino da rede. As redes femininas eram hierarquicamente organizadas a partir de uma líder religiosa “máxima”, em geral, discípulas diretas de Sheikh Ahmed Kuftaro.
Embora, em geral, mulheres sufis não possuam uma silsila própria, exclusivamente feminina, tal como ocorre com os homens, Fátima (r.a.), a filha do profeta Muhammad (saws) figura no imaginário sufi como a primeira mulher a corporificar o amor divino, através do Profeta. De certa forma, este modelo de transmissão de conhecimento esotérico (batini) do Profeta para Fátima serviu de base para a ideia recorrente no Sufismo de que o poder espiritual pode ser manifestado em homens e mulheres. Este modelo também permitiu que muitas mulheres - mães, filhas ou esposas de sheikhs sufis -, tivessem sua autoridade espiritual reconhecida através da baraka (bênçãos e poder espiritual) adquirida via laços de parentesco.
Através de atividades públicas em mesquitas de Damasco, elas promoveram uma concepção de conhecimento religioso pautado em uma versão de Islã sufi, baseada na perspectiva reformista, intelectualizada e espiritualizada do Sufismo, tal como elaborada por Sheikh Ahmed Kuftaro. Essas atividades religiosas organizadas por e para mulheres atraíam parcelas significativas de muçulmanas para as mesquitas. Com isto, o ramo feminino da Kuftariyya se apresentava como um importante veículo para a expansão desta rede sufi no campo religioso local e transnacional.
Além disso, o Sheikh Ramadan Dib recebeu a função de ensinar mulheres na Abu al-Nur diretamente de Sheikh Kuftaro. Foi designado pelo sheikh Kuftaro não só para dar aulas para mulheres, algo que outros sheikhs também faziam, mas também para lidar com questões que as envolviam diretamente em seu dia-a-dia. Sheikh Ramadan era procurado tanto por suas discípulas quanto por mulheres da Kuftariyya que não faziam parte de sua rede (ou, ainda, por muçulmanas não-sufis e até por mulheres cristãs) para aconselhamentos ou pedidos e também para mediar problemas.
Estrutura Hierárquica
A hierarquia na Kuftariyya colocava o sheikh Ahmed Kuftaro no topo, seguido de seus discípulos mais próximos, reconhecidos nesta posição pelos demais membros da Kuftariyya como os mais avançados na via sufi. Dentre esses discípulos mais próximos estavam o Sheikh Bashir al-Bani e os irmãos Sheikh Rajab Dib e Sheikh Ramadan Dib.
Havia forte recomendação para os discípulos se engajarem no trabalho de divulgação do Islã (da’wa) e criarem suas próprias redes. Os discípulos de Sheikh Ahmed Kuftaro, todos educados em Ciências Islâmicas, ao receberem suas ijazas de Sheikh Ahmed Kuftaro, passaram a iniciar demais pessoas no sufismo e a ter seus próprios discípulos. Uma vez que estes discípulos também avançassem na via sufi, recebiam autorização para iniciar mais pessoas, e a terem também seus próprios discípulos. Isso permitiu que a rede sufi se ampliasse a tal ponto que conseguiu atrair milhares de adeptos tanto em Damasco quanto em países como Estados Unidos, França e Líbano, onde sheikh Rajab Dib criou sua própria rede, a Rajabiyya. Todo esse trabalho amplo e consistente de divulgação fez com que a Kuftariyya se tornasse o maior e mais ativo ramo Naqshabandi da Síria.
Após a morte do sheikh Ahmed Kuftaro o sheikh Rajab Dib se estabeleceu como um líder carismático, tanto na Kuftariyya, na Síria, quanto na Rajabiyya, no Líbano. Em 2009, assumiu a liderança espiritual dos dois ramos da tariqa, na Síria e no Líbano, unificadas sob o nome de Rajabiyya.
Após a partida do sheikh Rajab Dib (r.a.) o sheikh AbdulAziz Al-Amghari assumiu a liderança espiritual de um dos ramos da tariqa e estabeleceu o primeiro ramo com base no Marrocos, um país com uma rica história espiritual e com várias ordens religiosas sufis, mas que até então não contava com a presença de nenhum dos ramos da tariqa Naqshabandi.
Fontes:
Mystical Dimensions of Islam - Annemarie Schimmel. The University of North Carolina Press. EUA. 1975.
The Golden Chain of Transmission - Masters of the Naqshibandi Way - Osman Nuri Topbas - Erkam Publication. Istambul. Turquia. 2016. Acessado no endereço http://en.osmannuritopbas.com/portfolio/masters-of-the-naqshibandi-way em 15/10/2018.
The Naqshabandya - Orthodoxy and Activism in a Worldwide Sufi Tradition - Itzchak Weismann. Routledge. Londres. 2007. Acessado no endereço https://www.academia.edu/1305683/The_Naqshbandiyya_Orthodoxy_and_Activism_in_a_Worldwide_Sufi_Tradition em 16/02/2019.
The Naqshbandis in Western and Central Asia - Elizabeth Ozdalga. Acessado no endereço https://openaccess.leidenuniv.nl/bitstream/handle/1887/17444/ISIM_6_The_Naqshbandis_in_Western_and_Central_Asia.pdf em 18/02/2019.
Sufismo, carisma e moralidade: uma etnografia do ramo feminino da tariqa Naqshbandiyya-Kuftariyya em Damasco, Síria. Gisele Fonseca Chagas. Niterói. 2011. Acessado no endereço http://ppgantropologia.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/16/2016/07/GISELE-FONSECA-CHAGAS.pdf em 26/11/2018.
Obituário do Sheikh Ahmed Kuftaro (em inglês) - http://www.islamicamagazine.com/content/view/87/61/
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